Hoje viajo para Vilhena, para a apresentação do meu artigo científico entitulado "ENTRE SALÕES E ALCOVAS: UM ESTUDO DA REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA FEMININA EM JOSÉ DE ALENCAR", onde tenho o objetivo de analisar a imagem da mulher no século XIX dentro da literatura médica e não médica do período, baseada excepcionalmente nas leituras de José de Alencar e nos postulados anatômicos e fisiológicos do período.
Na verdade, o tema desse projeto não poderia cair em mãos mais infrenes. Interessou-me sempre tudo aquilo que tratava sobre as diferenças entre os sexos, tanto quanto injustiças sociais e a dominação do corpo feminino durante todo o percurso histórico das civilizações ocidentais.
O século XIX, em especial, período de novas descobertas, do ufanismo e do tão conhecido movimento de libertação dos modelos clássicos, Romantismo, serviu-me de pauta para os estudos sobre os quais, analisando os discursos médicos acerca do corpo feminino, seus prazeres e aspectos anatômicos, falo sobre a imagem de objeto fragil e inábil à sociabilidade.
Enfim, isso é só para deixá-los a par do assunto que abordarei no seminário. Talvez, devo salientar, não esteja tão frequente com os posts nos próximos dias, mas sábado voltarei com algumas novidades. Espero que me aguardem. Obrigada pelas visitas e assistam hoje ao Geração Gazeta!
O quadro acima chama-se "Arrufos", foi pintado em 1887 por Belmiro de Almeida. Representa bem essa visão da fragilidade e do domínio da mulher naquele período. Desde a indumentaria ao costume de não sair a rua desacompanhada, a chamada cultura de verniz era o ditado do momento (Imaginem-me com esse shorts no século XIX! Eu seria no mínimo chamada de degenerada! uHSUHsus).
-Esse blusão era da minha irmã dos anos 90!
Está velhinho, no estilo trash que eu curto...
Agora vou terminar de fazer minhas malas! Boa semana a todos!