A gente aprende desde criança a discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado, entre o melhor e o pior, luz e sombra. E caminhamos seguindo isso as vezes sem perceber. Há entretanto, uma dotação comum em todos os seres humanos, que permite as escolhas. Nesse sentido, podemos todos escolher entre a prática benigna ou maligna. E foi buscando representar isso em suas obras de escultura simbólicas e impressionantes, que Mário Teles chamou minha atenção para a exposição se sua arte, que acontecia no mesmo momento que aquela sobre a qual falei no post anterior -arte religiosa.
Seguindo a vocação do pai, o escultor Geraldo Telles, que morreu em 1990, Mário Telles esculpi desde criança. Tem inspiração no fantástico e no popular criando um estilo próprio, retrata o congado, as festas juninas, os músicos e os aspectos históricos. E aos meus olhos remete um misticismo super interessante.
Outra característica do seu trabalho é evidenciar os conflitos do homem, o bem e o mal, o que pode ser visto nas rodas vivas. Ele diz, bem certo: "Existem os que estão de cabeça para baixo, no caminho errado, assim como acontece na vida real".
É um simbolismo fantástico, e os preços das peças são bem em conta. Fiquei querendo muito essa roda vida da ultima foto, que deve ter um metro e vinte de diâmetro. Mas não teria onde acomodá-la ainda...