25 de jan. de 2011

Roda viva, a Arte de Mario Teles


A gente aprende desde criança a discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado, entre o melhor e o pior, luz e sombra. E caminhamos seguindo isso as vezes sem perceber. Há entretanto, uma dotação comum em todos os seres humanos, que permite as escolhas. Nesse sentido, podemos todos escolher entre a prática benigna ou maligna. E foi buscando representar isso em suas obras de escultura simbólicas e impressionantes, que Mário Teles chamou minha atenção para a exposição se sua arte, que acontecia no mesmo momento que aquela sobre a qual falei no post anterior -arte religiosa.

Arte de Mário Telles

Seguindo a vocação do pai, o escultor Geraldo Telles, que morreu em 1990, Mário Telles esculpi desde criança. Tem inspiração no fantástico e no popular criando um estilo próprio, retrata o congado, as festas juninas, os músicos e os aspectos históricos. E aos meus olhos remete um misticismo super interessante.

Arte de Mário Telles


Outra característica do seu trabalho é evidenciar os conflitos do homem, o bem e o mal, o que pode ser visto nas rodas vivas. Ele diz, bem certo: "Existem os que estão de cabeça para baixo, no caminho errado, assim como acontece na vida real".

Roda Viva - Arte de Mário Telles

Achei muito boa a sacada do artista ao representar aqueles que estão de cabeça para baixo, pois tudo segue no mundo real, ainda que haja maldade e injustiça. Como uma mandala que nunca tem fim, a roda viva gira indiferente das atribulações, pois os homens são seres que se repetem e possuem as mesmas características e oportunidades de explorar o arbítrio em condições de bem e mal.

É um simbolismo fantástico, e os preços das peças são bem em conta. Fiquei querendo muito essa roda vida da ultima foto, que deve ter um metro e vinte de diâmetro. Mas não teria onde acomodá-la ainda...