Há algum tempo, tendo ouvido muitas críticas sobre a escultura "Vida", produzida em bronze pela artista plástica Eliana Kertesz, resolvi que faria uma crítica de arte sobre a mesma, mostrando o contraponto sobre tudo aquilo que tenho ouvido sobre este belo monumento.
Anexada ao complexo materno-infantil na capital de Rio Branco, a estátua foi implantada no final de março durante o processo de reforma, reestruturação e modernização do ambiente. A baiana autora da obra é tida com uma das mais importantes escultoras brasileiras da atualidade e mantém um caráter artistico homônimo, criando estátuas de mulheres “Gordas”.
Muito tendo sido discutido sobre o preço do monumento, não tardou para chegarem também os comentários sobre a forma física da mulher encontrada frente a Maternidade, o que me indignou de certa forma, pois vi uma beleza reicidente das estatuetas do período Aurignaciano/Mesolítico.
Devo salientar em dizer que não considero que o canone estético pelo qual foi levada a autora tenha algo que relacione a mulher acriana com a estátua, dessa forma, ela não é uma representação das mulheres daqui, tampouco faz alusão a forma física das mesmas. É uma estátua com seios e vulva desproporcionados, de fato, mas assim como as Vénus da idade da pedra, pode representar um culto a fertilidade, -por que não?!
Não levo em consideração o valor das linhas de montagem e paradigmas da autora, pois não conheço nada além de fotos e pequenos comentários sobre o realismo em sua conduta artística, mas, como tenho imenso apreço por obras de cunho representativo e místico,acho que a fatídica localização da “Vida” a faz tomar o posto de elemento homônimo, onde representa a fertilidade e a vida, como o próprio nome sugere, frente a Maternidade.
Datam-se produções de Vénus de 26 mil anos atrás, além de fatos que comprovam a presença de religiões pagãs que cultuavam elementos femininos e a Lua, como possuidores de significados mágicos. É claro, porém, que o padrão estético contemporâneo está voltado totalmente a uma versão contrária dessa representação, e os valores concebidos atualmente não elevam, de forma alguma a beleza do estado de gestação de uma mulher.
A represeção estética considerada ideal pelos padrões de beleza do mundo moderno são, na verdade, a de mulheres magérrimas, como os cabides que podem ser vistos normalmente desfilando seus pontiagudos ombros nas passarelas de todo o mundo.
Quero deixar claro, destarte, que não estou de forma alguma fazendo apologia a um movimento contrário ao que se segue atualmente, pois, vê-se aqui, o meu encomiástico apreço pela rápida linha de produção do movimento capitalista contemporâneo; mas insisto em afirmar que me agradam de forma indizível os elementos da estátua, de forma que precisei dispor de um tempo nessa tarde de domingo para fazer uma sessão de fotos, refletindo e contemplando a arte sobre a qual lhes falo aqui e deixo aberto o espaço para suas opniões sobre a mesma.
Anexada ao complexo materno-infantil na capital de Rio Branco, a estátua foi implantada no final de março durante o processo de reforma, reestruturação e modernização do ambiente. A baiana autora da obra é tida com uma das mais importantes escultoras brasileiras da atualidade e mantém um caráter artistico homônimo, criando estátuas de mulheres “Gordas”.
Muito tendo sido discutido sobre o preço do monumento, não tardou para chegarem também os comentários sobre a forma física da mulher encontrada frente a Maternidade, o que me indignou de certa forma, pois vi uma beleza reicidente das estatuetas do período Aurignaciano/Mesolítico.
Devo salientar em dizer que não considero que o canone estético pelo qual foi levada a autora tenha algo que relacione a mulher acriana com a estátua, dessa forma, ela não é uma representação das mulheres daqui, tampouco faz alusão a forma física das mesmas. É uma estátua com seios e vulva desproporcionados, de fato, mas assim como as Vénus da idade da pedra, pode representar um culto a fertilidade, -por que não?!
Não levo em consideração o valor das linhas de montagem e paradigmas da autora, pois não conheço nada além de fotos e pequenos comentários sobre o realismo em sua conduta artística, mas, como tenho imenso apreço por obras de cunho representativo e místico,acho que a fatídica localização da “Vida” a faz tomar o posto de elemento homônimo, onde representa a fertilidade e a vida, como o próprio nome sugere, frente a Maternidade.
Datam-se produções de Vénus de 26 mil anos atrás, além de fatos que comprovam a presença de religiões pagãs que cultuavam elementos femininos e a Lua, como possuidores de significados mágicos. É claro, porém, que o padrão estético contemporâneo está voltado totalmente a uma versão contrária dessa representação, e os valores concebidos atualmente não elevam, de forma alguma a beleza do estado de gestação de uma mulher.
A represeção estética considerada ideal pelos padrões de beleza do mundo moderno são, na verdade, a de mulheres magérrimas, como os cabides que podem ser vistos normalmente desfilando seus pontiagudos ombros nas passarelas de todo o mundo.
Quero deixar claro, destarte, que não estou de forma alguma fazendo apologia a um movimento contrário ao que se segue atualmente, pois, vê-se aqui, o meu encomiástico apreço pela rápida linha de produção do movimento capitalista contemporâneo; mas insisto em afirmar que me agradam de forma indizível os elementos da estátua, de forma que precisei dispor de um tempo nessa tarde de domingo para fazer uma sessão de fotos, refletindo e contemplando a arte sobre a qual lhes falo aqui e deixo aberto o espaço para suas opniões sobre a mesma.