20 de ago. de 2021

Museu do Design Italiano

A primeira mostra disponivel no Pallazo dell'Arte, sede da Trienal de Milão, é o Museu do Design Italiano, a única mostra permanente do espaço expositivo. Apresenta uma seleção das peças mais icônicas e representativas do design italiano de 1946 a 1981, parte dos 1.600 objetos da Coleção Permanente de Design Italiano da Trienal de Milão, organizada em ordem cronológica e acompanhada por um rico conjunto de textos e reflexões sobre poéticas e o contexto em que as obras foram concebidas.

Através de materiais gráficos e fotográficos, muitas vezes inéditos, provenientes dos Arquivos da Trienal de Milão, destaca-se também o papel central que a Trienal, com as suas exposições históricas e internacionais, teve na definição e encenação do design italiano. A entrada é possível durante todo o ano e visitas guiadas em diferentes linguas com temas diversos são sempre a disposição na bilheteria e no site.

18 de ago. de 2021

17 de ago. de 2021

Vico Magistretti, arquiteto

 A retrospectiva, criada em colaboração com a Fundação Vico Magistretti e comissariada por Gabriele Neri, reuniu o patrimônio de desenhos, esboços, maquetes, fotografias, protótipos e peças originais preservadas no arquivo do arquiteto e designer milanês. A exposição traçou todo o caminho do design de Magistretti, que começou bem no Palazzo dell’Arte nos anos após a Segunda Guerra Mundial.


Dividida em secções temáticas, a exposição apresentou a pela primeira vez a obra de Vico Magistretti de uma forma unificada, da arquitetura às instalações, do design ao urbanismo, juntamente com numerosos contactos internacionais.

O vermelho, cor distintiva de muitos de seus projetos, constitui uma espécie de fil rouge, evocando aquela combinação de modernidade (o vermelho da vanguarda) e tradição (o vermelho tijolo da velha Milão) característica de sua obra. Homenagens dos designers Konstantin Grcic e Jasper Morrison, alunos do Magistretti no Royal College of Art de Londres, também estavam em exibição.

16 de ago. de 2021

Porto Venere, Liguria, IT

 Porto Venere, menor comuna italiana da província Spezia e a última que conheci no percurso pela Ligúria, me encantou com sua igreja medieval dedicada a São Pedro, de frente ao mar e próxima a grota onde Lord Byron, o grande poeta britânico esteve em 1816 e inspirou o nome que se eternizou como lugar poético, porta para banhistas que -como o Kevin- mergulham literalmente num mar de história de diversos momentos, imersas em uma beleza fascinante.

Les citoyens - Foundarion Cartier

Les Citoyens, a mostra da qual me ocupei durante a primeira semana de trabalho na Triennale Milano e durante diversos outros momentos durante meu contrato lá. Uma mostra de Guillermo Kuitca na coleção da Fondation Cartier pour l’art contemporain,

Com as obras de: Absalon (Israel), Claudia Andujar (Brasil), Richard Artschwager (EUA), Cai Guo-Qiang (China), Vija Celmins (Letônia), Thomas Demand (Alemanha), Fernell Franco (Colômbia), David Hammons (EUA), Hu Liu (China), Junya Ishigami (Japão), Rinko Kawauchi (Japão), Guillermo Kuitca (Argentina), David Lynch (EUA), Allan McCollum (EUA), Isabel Mendes da Cunha (Brasil), Moebius ( França), Moke (República Democrática do Congo), Daido Moriyama (Japão), Tony Oursler (EUA), Artavazd Peleshyian (Armênia), George Rouy (Inglaterra), Patti Smith (EUA), Taniki (Brasil), Agnès Varda (França ), Véio (Brasil), José Vera Matos (Peru), Virxilio Vieitez (Espanha), Francesca Woodman (EUA).

A Triennale Milano e a Fondation Cartier pour l'art contemporain apresentaram, de 6 de maio a 12 de setembro de 2021, a exposição Les Citoyens realizada por Guillermo Kuitca. O artista argentino propôs encenar as obras de 28 artistas da coleção da Fondation Cartier para explorar a ideia de coletivo, de grupo, de comunidade. Segunda exposição apresentada no âmbito da parceria entre as duas instituições, Les Citoyens propõe, através do olhar singular de um artista, uma viagem à memória de uma coleção única.

 

15 de ago. de 2021

Siena, Italia.

 

E vamos de viagem por aqui, sim. Depois de um trimestre trabalhando de terça a domingo, considerei que merecia ver outras paisagens. Em especial porque meu namorado também estava de férias, porque se fosse de outro modo, me contentaria feliz com as vistas já muito belas de onde vivo.

O roteiro com o Kevin é sempre bastante livre e espontaneo. Sabíamos que iriamos em direção a Toscana, mas ainda estávamos em duvida se pararíamos em Siena, Lucca ou Arezzo. Optamos destarte, pela cidade de Siena, que se destacou nas minhas pesquisas pela beleza da catedral. 

Desde muito nova, eu tenho um fascínio por igrejas e esse é sempre um dos itens que procuro ticar na minha lista durante meus passeios turísticos. E com Siena não foi diferente. A Duomo em estilo romanico-gotico italiano com interno listrado me deixou encatada.

7 de ago. de 2021

Enzo Mari, designer

A exposição dedicada ao grande Enzo Mari, Enzo Mari com curadoria de Hans Ulrich Obrist com Francesca Giacomelli, chegou à Trienal de 17 de outubro de 2020 a 12 de setembro de 2021. O designer, considerado “Um dos maiores designers, artistas e teóricos do design italiano e mundial".

A exposição, dedicada à obra e ao pensamento de Enzo Mari, documentados através de projetos, maquetes, desenhos e materiais muitas vezes inéditos, provenientes do Arquivo Mari recentemente doado ao CASVA - Centro de Estudos Avançados em Artes Visuais do Município de Milão.

6 de ago. de 2021

Monte Tamaro - Ticino, Suíça

Eis meus registros fotográficos desse dia belíssimo na montanha dos Pré-Alpes de Lugano, com vista para o Lago Maggiore, no cantão suíço de Ticino.


O Monte Tamaro é uma das montanhas que vemos da varanda da casa da minha sogra, em Rivera. E finalmente após mais de dois anos frequentando a sua casa, fizemos o passeio nesse lugar incrível.

Vitrea - design em vidro italiano

 Vitrea. O vidro de design italiano contemporâneo foi uma exposição dedicada ao vidro de design desenhado por artistas internacionais e feito por grandes mestres artesãos italianos. Organizado em colaboração com a Fundação Cologni dei Mestieri d'Arte e com curadoria de Jean Blanchaert, Vitrea apresenta as melhores produções artísticas contemporâneas que representam o domínio italiano na execução do vidro do autor. As obras expostas, diferentes umas das outras em técnica, poética e função, contam a variedade criativa contemporânea na criação do vidro: da escultura à iluminação, das obras figurativas aos vitrais, no vidro soprado, no vidro trabalhado na lâmpada, no vidro maciço, na fusão do vidro, no mosaico e no vidro moldado, bem como nas obras em que o vidro se combina com outros materiais, como o ferro e a madeira.


5 de ago. de 2021

Diario de Fotos - Milão, Julho de 2021

Mostra: Carlo Aymonino. Lealdade à traição

 Como prometido no ultimo post, hoje começo a publicar um pouco sobre as mostras nas quais trabalhei na Triennale de Milão, sede do museu do Design Italiano e o principal edificio de expressão racionalista da arquitetura do início do século XX.

Entre 14 de maio e 22 de agosto de 2021, foi exposta a mostra nascida de uma ideia de Lívia e Silvia Aymonino e comissariada por Manuel Orazi, dedicada a obra de Carlo Aymonino, um dos protagonistas da arquitetura italiana, capaz de atravessar as diferentes fases da segunda metade do seu tempo.


Através de materiais de arquivo, projetos, pinturas, textos, fotografias e entrevistas, emergem não só a sua visão da cidade e do subúrbio, mas também aspectos mais pessoais, como o compromisso político, o amor ao desenho e à pintura, a vida familiar, indissoluvelmente entrelaçados. com seu trabalho como arquiteto.

A exposição desenvolveu-se num percurso cronológico deixando espaço para a história do vínculo que Aymonino teve com algumas cidades italianas: Roma, Matera, Veneza, Milão, Pesaro, locais onde deixou uma marca precisa e inconfundível. 

4 de ago. de 2021

Triennale Milano - minha experiência como mediadora cultural

Hoje quero contar um pouco sobre o que aconteceu nos últimos meses e falar mais profundamente sobre uma grande experiência que vivi durante o trimestre de maio a agosto, em Milão. Para quem não sabe, eu me mudei para a Itália em Setembro de 2017 para estudar Historia e Critica da Arte na Universidade Estadual de Milão, uma das melhores no ensino de Arte Contemporânea. 

Ao longo desses anos, passei por momentos de dificuldades as vezes comuns para imigrantes. Entre crises de identidade, solidão, desilusão e problemas financeiros, eu já quis desistir, já empaquei, já pensei em mudar de área profissional e enfim, essas coisas que acontecem quando não temos o preparo e a força psicológica suficiente para encarar a vida sozinha em um país tão diferente (mas isso é assunto para outro post, talvez). 

Lembro-me que lá no inicio do curso, uma amiga me falou de um estagio que estava fazendo em um museu e me convidou para ir conhecer o espaço. Ela disse que se eu quisesse, poderia me candidatar também ao mesmo cargo e que ela me ajudaria. Mas eu achei tudo aquilo enorme e não consegui naquele momento me imaginar fazendo aquele trabalho. Sentia que não falava italiano bem o suficiente e deixei a ideia numa caixinha, bem guardada, mas com um certo peso por não ter aceitado a ajuda oferecida.

Triennale Milano. Fonte: Google


Mas em Novembro do ano passado, numa das incontáveis vezes que a Itália fechou tudo em um lock down por causa do corona vírus, eu já não aguentava mais ficar em casa e comecei a pensar no que poderia fazer para mudar a situação. Foi visitando museus online (uma das coisas boas que podia fazer estando em lock down), que encontrei a oportunidade de candidatar-me a uma experiência de três meses como mediadora cultural em um dos edifícios mais importantes da Itália. A resposta veio meses depois, quando finalmente os museus puderam ser abertos ao publico e no final de Abril eu já estava em treinamento.