7 de jul. de 2011

Metade de mim...

Girls skipping at an athletics carnival

A gente vem não se sabe exatamente de onde, nasce de uma dor frêmita, chorando, olhos fechados para a vida... Crescemos a medida que o tempo inquere, idealizamos os beijos de um amor ocidental, aprendemos equações que não usaremos nunca, ouvimos orações e as repetimos por vezes, sem refletir sobre o sentido daquilo.

Na verdade quase nada faz sentido e a gente aprende desde criança que não se deve pensar muito no pré e pós vida terrestre, no surgimento do universo ou sobre o quanto seríamos tristes se fossemos perfeitos. Mas sobre o sentido da vida, no mínimo eu descubro sempre que devemos ser lunáticos, loucos varridos, amar demais, esquecer de menos, e principalmente nunca esquecer que nossos atos são reflexos de nós.

Não sou uma pessoa muito expontânea. Vejo-me ao contrário, bem desengonçada e confusa. Mesmo quando se trata de amor, sou uma cética que crê, quando sinto e não sinto e penso que a alteridade do sentimento só pode ser de cunho espiritual.

Não faço sentido quando escrevo e isso eu acho que é reflexo da minha cabeça cheia de nós. E são nós de mim, que me repito em várias pessoas, várias almas que se debatem, todas em litígio, regeitando-me.

Enfim, quando falo em amor, acabo dando ainda mais voltas. E volto ao sentido da vida, sempre incompreendida por todos nós 'viventes'! O amor será o sentido, talvez. O amor este, que a gente compreende menos que as equações dificílimas que não se aplicam em momentos cotidianos; O amor que não se diz, porque de pensar, já fechamos os olhos, tamanho o carinho pelo objeto.

E falo hoje do amor real que possui quem sabe o que é amor fraterno - o que se doa até aquele cara que se ama de corpo, quando realmente se interligam as almas por um sentido de pré ou pós vida.
Falo de amor no espaço que ninguém fala de amor, porque o superficial vence o trivial, porque toda superfície esconde um âmago de densidade infinita as vezes contrária ao que se suspende. É da ânsia que lhes falo hoje. Ânsia de um abraço que não dou há oito anos...
E o amor que eu escrevo, por mais repetitivo e intolerável à leitura, é o meu maior amor e mais puro: o amor fraternal, o amor familiar, amor por aqueles que escolhi quando no meu pré-vida.

Se necessário, explico: Minha irmã chega em Rio Branco em algumas horas. Morava na Espanha há oito anos e enfim a vejo. Mais que em alegria, meu coração transborda em cores, como um diamente que discipa o arco-íris reluzindo as energias todas da vida.
Quero dizer-lhes de amor, e que tenham um bom dia! O meu será, sem dúvidas, mais cheio de sentidos a partir das treze horas.

AMEM vocês também! ;*


4 comentários:

  1. Nossa to super feliz por você Clara. Amei o texto ficou lindo, profundo, totalmente apaixonante.

    Beijaoo

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  2. querida, quanto tempo?!
    que lindo o texto...


    beijos, querida....

    saudade

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  3. Clarinha,
    o amor de família realmente é o maior e mais pleno. A ausência de uma pessoa querida por tantos anos, aquilo que chamamos saudade, não faz com que o amor fique menor, pelo contrário, ele se transforma em angústia, ansiedade em vontade louca de rever e abraçar. A espera de oito snos foi longa, mas estamos todos juntinhos!

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