Para não começar a minha escrita com uma referência usual de palavras como “magnífico”, “lindo” ou “explêndido”, ao inexplicável trabalho de Har Lee Chau, eu prefiro usar um tipo de onomatopeia que pode traduzir o que eu penso: WOW! E assim, o fascínio pela arte, se assim se pode chamar sem insultar o genioso produtor, é expressado por quase nada, pois não se pode figurar uma palavra que o descreva em tamanha magnificência. Sim, eu estou realmente surpresa com a genialidade dessas peças que representam criatividade pura. Quando entrei no site de Lee, havia um sentimento de excitação para ver algo que mudaria completamente a minha ideia de calçado moderno. É tão raro encontrar alguém que rompe a barreira do mainstream de calçados... E o desafio de projetos de inovações sobre a moda são já quase impossíveis, tendo em vista que há anos se procura a mesma obra prima.
É lógico que eu não posso jogar aqui a frase dde que não viveria sem um par desses sapatos, até porque, eles mais me parecem obras de arte que servem para ser admiradas pela profunda expressão que inspira formas arquitetônicas expiradas através do viés da moda. Mas com sinceridade, eu daria bastante por um desses para simplesmente tê-lo em uma estante ou em uma prateleira de vidro exclusiva na parede do meu quarto.
Alguns dos sapatos das imagens, são na verdade, apenas protótipos. Mas seja pelo ilusório desafio de vencer a gravidade ou pelo aspecto arquitetônico que dão aos calçados, esses inusitados designers provaram que moda e arte seguem juntas em uma tênue linha de mesclas conceituais e expressivas.
Na minha opinião, a aparição de designers como Chau no mundo, me faz pensar que nossos valores artísticos não se perderam com as multiplas revoluções de produção pelo capital no mundo. Pois, se voltarmos à era clássica, por mais paradoxal ou mesmo chavão que seja, podemos perceber quão valiosos eram os trabalhos manuais e de tão profundo conhecimento técnico e criativo.
Há nessas criações modernas uma certa pretenção que ultrapassa a luxúria materialista. Tenho visto muitos trabalhos reflexivos acima de coisas que nos ultimos anos eram produzidas apenas para atrair a admiração e consequentemente o dinheiro dos consumidores em geral. Porém, para as pessoas que podem criar coisas que enchem uma pessoa com admiração, como na idade antiga, em que se criava algo do nada, e não simplesmente se faziam pastiches e reformulações como se vê hoje em demasia; quero dizer que, é de coisas assim que a contemporaneidade precisa, se no mínimo maior parte das pessoas não conhece o trivial do que houve de arte no passado. Estilo e personalidade já se tornaram palavras vulgares e esteriotipadas nesse mundo onde ninguém reflete sobre o próprio sentido das palavras que se usam.
O conceito arquitetônico de Har Lee Chau me inspirou para a crítica moderna de produção de arte em calçados hoje, e excita-me muito conhecer fenômenos humanos que aliam arte, moda e arquitetura. Destarte, tenho algumas dicas para quem, de forma homônima, se interessou pelo assunto:
Há produções de roupas com inspirações arquitetônicas, como a do couturier francês Alexis Mabille, que limpou os excessos de suas produções cheias de rendas e bordados, inspirando-se nas geometrias da arquitetura, fazendo experimentações em alfaiataria na sua coleção de verão 2010;
Frank Gehry, autor de esculturais projetos arquitetônicos espalhados pelo mundo, que redefiniram a arquitetura contemporânea, assinou em 2006 uma linha de jóias em parceria com a Tiffany e Co., com peças de ouro branco e amarelo que mimetizam a arquitetura das espetaculosas linhas que ele cria;
Eylem Binboga é um designer de acessórios versáteis. Tem uma bolsa de couro inspirada pela forma áspera e intuitiva que se apresentam em cadernos de desenhos. Veja mais clicando AQUI;
Em acessórios: Para ganhar o seu mestrado e doutorando Tine de Ruysser desenvolveu um "oragmi de metal" com placas de cobre de fusão para tecido. O resultado é um tecido incrivelmente rígido e flexível, bastante artesanal. (www.tinederuysser.com)
Em tecidos: Charlotte Linton desenhou uma coleção de sedas com impressão digital para "o guarda-roupa de um personagem fictício, um zoólogo viajando ao redor do mundo na primeira parte do século 20." tem bastantes texturas. Eu gosto. (www.charlottelinton.com)
No décor, temos Marché Art de Vie; e exclusivamente na joalheria, Antonio Bernardo – conhecido pr subverter os limites entre jóia e escultura.
E então? Alguém aí gosta da geometria que foge da linearidade e pastiche contemporâneos? Particularmente, acho que esse é sempre o meu conceito para uma vida autônoma e feliz.
those shoes! art!
ResponderExcluirUau...obras de arte "usáveis"!!!
ResponderExcluirAs que usaria: Bolsa e anel, hehehe!!!
Bjs!!!
those shoes. Ach, beautiful!
ResponderExcluirI totally agree!!
ResponderExcluiramazing shoessss
xx
uauuuuu diferenteeee
ResponderExcluiramazing shoes! care to purchase one of them for me, please? :D
ResponderExcluirhave a great day ahead :)
x,
.ribbonyboo.
I think I'll copy the way you tahe your hair....wow!
ResponderExcluirand the cat? so sweet!!!
Lindo texto Clara.
ResponderExcluiradorei a seleção de imagens e as indicações de as outras criações que se apropriaram do conceito arquitetônico dentro do mundo da moda.
Novas olhares sobre peças comuns ao nosso dia-a-dia são sempre bem vindos. É um sopro de ar fresco nas nossas ideias, faz repensar e modifica a percepção.
=**
nunca tinha visto esses chain shoes da foto!! bem que inspiração!!
ResponderExcluirGreat post!
ResponderExcluirBesos
ladygrett.com
Crazy designs <3
ResponderExcluirno, your blog is amazing! these shoes and white and black photos below are just fantastic i love it! <33 i'm following
ResponderExcluirShoes are my bestest friends! I love all that you blogged about
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ResponderExcluirOne personal question if i can do it...
how can you be so skinny? Sorry, i'm interested... for me this is sometimes difficult...
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