28 de fev. de 2011

Pantone Fashion


Nesta ultima quinta feira, fui convidada a uma tarde de bate papo com a apresentadora do programa Acre/SA, Mirla Miranda, junto com as blogueiras acreanas Yara Vital e Camila Brozo.
Na entrevista que vai ao ar hoje (as 22:00h), falamos sobre blogs, moda e nossas formas de administrar as webs, mídias e contatos, bem como o que nos influencia ou até que ponto somos influenciadas pelo mundo das "tendências".

Para gravar, vesti um conjunto totalmente inspirado nos anos 70: Look total Pantone acetinado, ou seja, um jogo surton onde as peças tinham mais ou menos a mesma cor, mas com variações de tonalidade quase mínimas, combinados com o salto de madeira altíssimo da Ellus (que também é total 70's). A idéia do "dourado" durante o dia é ousada porque foge do rigor e da lógica "brilho é ideal para a noite". E não há nada melhor que esses riscos. 'Camp' é assim: vê as coisas entre aspas e encara o que parece cafona sem escorregar para o exagero.

A querida Yara do blog .Estilosa usou total denin com couro caramelo e óculos gatinho super oversise. Camila optou por um look romantinco com meias 7/8 e conjunto branco com rendas no detalhe do colo.

Entrevista Acre/SA
Entrevista Acre/SA

26 de fev. de 2011

           Para ser Brotinho...

Toda estação temos uma estampa que vira clássico. E como vocês sabem, o momento atual é o do oncismo. Eu mesma já disse aqui no blog alguns meses atrás, agora Reinaldo Lourenço e Marc Jacobs expuseram em suas passarelas: Tendência de poás revitaliza a moda dos anos 50 e 60.
Pra quem não viu ainda, acho válido conferir esse link da revista Quem (fotos da FPFW 2011), onde Loureço usa as clássicas bolinhas pretas com fundo branco, bastante usadas no fim da décadas de 50 e início dos anos 60 pelas mulheres "brotinhos" mais antenadas na moda.


60's

60's

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Ser Brotinho

"Ser brotinho é poder usar óculos como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. É esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. É aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga. É ter a bolsa cheia de pedacinhos de papel, recados que os anacolutos tornam misteriosos, anotações criptográficas sobre o tributo da natureza feminina, uma cédula de dois cruzeiros com uma sentença hermética escrita a batom, toda uma biografia esparsa que pode ser atirada de súbito ao vento que passa. Ser brotinho é a inclinação do momento.

Ser brotinho é atravessar de ponta a ponta o salão da festa com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausentes. Ter estudado ballet e desistido, apesar de tantos telefonemas de Madame Saint-Quentin. Ter trazido para casa um gatinho magro que miava de fome e ter aberto uma lata de salmão para o coitado. Mas o bichinho comeu o salmão e morreu. É ficar pasmada no escuro da varanda sem contar para ninguém a miserável traição. Amanhecer chorando, anoitecer dançando. É manter o ritmo na melodia dissonante. Usar o mais caro perfume de blusa grossa e blue-jeans. Ter horror de gente morta, ladrão dentro de casa, fantasmas e baratas. Ter compaixão de um só mendigo entre todos os outros mendigos da Terra. Permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um violinista estrangeiro de quinta ordem. Eventualmente, ser brotinho é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. É fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. Tomar uma pose, ora de soneto moderno, ora de minueto, sem que se dissipe a unidade essencial. É policiar parentes, amigos, mestres e mestras com um ar songamonga de quem nada vê, nada ouve, nada fala.

Ser brotinho é adorar. Adorar o impossível. Ser brotinho é detestar. Detestar o possível. É acordar ao meio-dia com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar de pijama telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um sanduíche americano na esquina, tão estranha é a vida sobre a Terra."


Trecho extraído do texto “Ser Brotinho” (1960), de Paulo Mendes Campos.

           Objeto Desejo

Super
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21 de fev. de 2011

            Pegada 90s

Mais ou menos de dez em dez anos algum movimento musical se expande para além dos limites sonoros, conquistando os mundos da moda e cinema, além de ditar o comportamento de milhes de jovens pelo mundo afora - foi assim com o beat nos anos 60, o punk nos 70, new wave nos 80.
Já no incio dos anos 90 chegou a vez do Grunge, movimento liderado por grupos como Nirvana, Alice in Chains e Pearl Jam. Muitos desses músicos tinham influências ecléticas, que iam de Bad Brains a Iron Maiden. Por isso comum ler que a "cena de Seattle" e seu som, o Grunge, o "encontro do punk com o heavy metal".
O termo Grunge é uma variação de "grungy", que quer dizer sujo. E é mesmo esse o aspecto que passava a moda desse movimento. Dentre as peças mais usadas estavam calças rasgadas, botas estilo coturno e camisa de flanela quadriculada, estilo lenhador (que se espalhou rapidamente até por países quentes, como o Brasil, onde era usada aberta, para refrescar um pouco mais).
Nesse sábado, lembrei um pouco minhas referências de estilo da infância: eu nasci no ano 1990, e cresci vendo minha irmã, típica adolescente dos anos 90, usar calças jeans e baby looks coladinhas, quando não casacos quadriculados, xadrez e cabelos compridos. Como era caçula, eu idolatrava minha irmã e queria ser igual a ela, daí eu ter começado a usar peças do seu guarda-roupas e mantê-las até hoje.
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Na hora de vestir, eu fugi os tênis sujos (classicos All Star ou coturnos de bico arredondado) e optei por uma meia pata preta de camurça. O cabelo que usei com aspecto de sujo e oleoso faz jus ao estilo grunge de Kurt Cobain, e inclusive tem sido bem citado nas principais referências de estilo atual. Olivia Palermo e Alexa Chung já usaram essa inspiração em seus “hairdo”.
Mary Kate Olsen, um dos icones da moda que mais me fascinam, ja usa seus moletons soltos ha algum tempo e a ultima semana de moda em Nova York apontou alguns caminhos para a temporada de inverno 2011 no Hemisfério Norte que ditam elegância com pegadas dos anos 90, misturando o grunge com o minimalismo.

Fotos. Renah Azevedo

19 de fev. de 2011

            Ohh, Boy!

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Estou bem sem fotos. Meu fotógrafo oficial estava doente. Não tenho fotografado muito também.
Tenham um ótimo fim de semana! ;*

"Sou um pouco como as pessoas grandes. Acho que envelheci..."

18 de fev. de 2011

           COLOUR FIESTA

A Vogue Austrália faz uma excursão às cores para estrelar sua edição de Março com a modelo Alina Baikova. Fotografado por Nicole Bentley e desenhado por Meg Gray, Alina estrela a temporada mais animada e descontraída da moda posando maravilhosamente sob peças da marca Prada, Gucci e Mulberry. Viva la Revolución é o título do editorial mais colorido do mês e expressa toda a tendência da estação que no Brasil será vivida em pleno carnaval.

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17 de fev. de 2011

         Saltos Arquitetônicos

O design inspirado na arquitetura contemporânea é incorporado também para a produção de produtos de indumentária. São peças monumentais, estranhas, estruturadas, altíssimas, originais e lindas! De fato, rompem com os padrões e chamam atenção. Mas não é essa a intenção de tudo quanto é novo? :) Eu quero o meu já!
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Imagens: reprodução.

COMENTS

16 de fev. de 2011

          Bom dia, bom dia!

Apenas uma coisinha: Vermelho promete tanto quanto o saião transparente.
Camisas de seda, chapéus e muita cor. ;)
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Acho que estou com saudades de fazer um post grande e bem explicado. Pretendo isso para breve, ok?
Bons dias, queridos. Ótimas energias!

Imagens: reprodução

15 de fev. de 2011

Change a little bit today and take a risk...

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“As pessoas grandes adoram os números. Não perguntam nunca: Qual é o som da sua voz? Ou Será que ele coleciona borboletas?
Mas perguntam: Qual a sua idade? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai? Somente então é que elas julgam conhecê-lo.”



11 de fev. de 2011

O que te inspira?

Uma revista, uma cor, o clima do dia, um quadro, uma peça, um livro, uma tendência; Afinal, o que te inspira?
Na entrevista que dei para o blog Divas Divat, falei um pouco sobre aquilo que me inspira. Eu sempre falo um pouquinho sobre isso, mas achei que seria interessante trazer a entrevista Linkaté vocês também. Por fim, espero que gostem da minha inspiração do dia, que foi uma foto curiosa que tirei de um "fungo" amarelo neon. Parece estranho se inspirar em uma criatura para a qual temos apenas repulsa, mas a cor era tão chamativa, tão linda, que saí correndo atrás de uma peça amarelo-radioativa. Não encontrei no meu guarda roupas. Mas meu irmão tinha essa camisa da Ellus encostada há anos. Foi a peça ideal para o meu dia! (E quem for um pouco mais atento, pode notar a inspiração da pose da primeira foto no quadro Madonna de Edvard Munch, refletida levemente por todos os meus lados).

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Qual a importância da moda na sua vida?
Acho que a moda é importante para todo mundo, mas para mim ela tem um papel que ultrapassa a estética superficial. Eu gosto de vestir meus próprios conceitos: não só uso o que me faz sentir confortável, mas também algo que remeta a algo que admiro. É como se eu pudesse vestir algo inspirado em uma tela pintada no século XVI e andar por aí. O interessante é saber o porquê de usar aquilo, e não apenas copiar aquilo que as pessoas ditam...

Como você descreve seu estilo?
Não gosto de rótulos, as pessoas são distintas. Estilo para mim está nos movimentos artísticos. Então, sou do estilo contemporâneo: sem regras para vestir.

O que inspira seu estilo?
Sou como a maior parte das pessoas, a cada ano que passa mudo um pouco os meus gostos. Mas sempre me inspirei muito nas cantoras de Rock. Adoro arte vanguardista e móveis clássicos. Como estudo arquitetura, acabo pegando algumas referências também.

Quais são o seus lugares favoritos para fazer compras?
Aqui no Acre não temos muitas opções. Então eu costumo desenhar minhas próprias roupas. O que mais compro é sapato, nas lojas Arezzo e Santa Lolla.

Tem alguma tendêcia que goste mais?
Não... Tudo é lindo e possui sua essência maravilhosa. Cada momento da moda é especial porque reflete muito sobre os valores e gostos da sociedade. Tudo é válido.

O que você acha que impede alguém de se vestir bem?
Talvez medo... Acho que todos podiam se vestir bem contanto que percebessem que nada precisa ser caro para ser agradável aos olhos. Muitas pessoas acham que vestir bem é sinônimo de ter dinheiro. Não é bem assim... A personalidade faz a autoconfiança, esta emana a elegância e pronto! :]


" Não tenham medo de usar o que gostam. A moda é subjetiva. Você deve usar o que te faz sentir bem. Isso sim faz de você uma pessoa com personalidade. Ninguém vai te achar realmente bonita se você segue o mesmo padrão que metade do mundo... " (Clara Campelo)


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O link para a entrevista é esse: Divas Divat;
Um grande beijo e ótimo dia a vocês!