Se critico...

Acordei e pensei - Então a arte contemporânea é “gráfica”, “photoshoptica” e “indumentária”?
Bom dia, entao -ou melhor, Boa tarde, acreanos! Não é que não se veja mais arte por aí, mas eu sou um pouco cética ainda quanto aos artistas da atualidade. As facilidades do mundo moderno tornaram todos preguiçosos e acomodados ou estou enganada?

A postura jovem é modernista, yeah! Mas “new wave” é tentar não negar o passado em detrimento do futuro. Não! -“Cool é old school, man!”- Diferente de todos os movimentos passados, estamos rebuscando tudo o que passou porque parece que não tem mais para onde ir. Não quero fugir da crítica, não quero também viver sem ela. Sou um ser humano como vocês e por isso sou repleta de dúvidas e receios com relação a novidades. E então eu critico e sou criticada –temos todos os mesmos direitos, vamos lá...

É da essência humana querer inovações, ver coisas chocantes, para onde se possa olhar e criticar muito, positiva ou negativamente. Assim, durante quase todo século 20 a lógica da inovação permaneceu inalterada em sua base, tendo como único objetivo tornar a moda vigente obsoleta o mais rápido possível.
Mas agora somos esses: nós misturamos sonho com realidade, misturamos diversos movimentos da moda num só ‘look’ e somos uma juventude cheia de informações inúteis a frente de nossas faces sempre mais dispostas aos monitores que aos livros. Esqueci de algo?

Não sou tão ácida assim gente, se critico é como um desabafo íntimo através dos textos que poucos de vocês se dão trabalho de ler. E sei que são críticas descartáveis, já que não são universais. Mas em resumo quase tudo quanto eu digo não descarta um apreço pelas produções contemporâneas. Ao contrário: Há muito talento por aí, e são talentos muitas vezes simplistas, mas admiráveis. Há talentos inclusive geniais, que ao invés de ir a escolas de artes preferem expor suas habilidades de desenho em guardanapos de papel e ketchup e mandar o vídeo ao youtube!

A postura quase modernista dessa galera é o que me assusta, porque negando a crença passada de que seríamos seres quase que robotizados após o século XX, fizemos crescer o tempo da adolescência para até os 30 anos ou mais e publicamos imagens ostentando visualizações e popularidade na internet.

Oh, yeah! É lógico que eu tenho que escrever sempre como quem vê tudo isso de perto e longe, porque eu não desenho nadinha se não for em lápis ou nanquim, mas tenho um blog de ‘moda’ –ou quase isso- que procura sim um espaço nesse mundo louco de informações instantâneas. Porém -eu quase digo como se isso fosse o fim de um texto, mas os meus textos nunca tem fim- esse blog é uma expressão, uma contradição, algo que se pode ver como o que fica ao lado do que é trivial ao mundo moderno, porque essa forma de olhar a moda, a arquitetura, a arte, o mundo em geral, certamente é pessoal, vem de mim como se borbulhando, pedindo que eu escreva, que eu poste, que eu compartilhe. Então eu compartilho! E se faz sentido, cara, nao sei, mas ja foi... Em cerca de dois minutos depois voce fecha a janela e navega em outro site e me esquece.

Beijo, Brazzzil. =*