15 de fev. de 2021

O nosso Valentines Day

Começamos o dia com a maior normalidade possível. Tínhamos ido dormir na casa da mãe do Kevin, no Ticino. Então nada de novo. Café da manhã em família, nada de surpresas e aparentemente, um dia mais do que normal.

Arrumamos as coisas para a viagem de volta para Lucerna. Viemos no carro conversando e ao chegar no corredor do apartamento, já me deparei com uma sacola grande pendurada na porta. Era meu buquê de rosas vermelhas - aquela que eu coloquei na wish list, só que melhor: essa durará alguns meses, pois as rosas são estabilizadas!

Comecei a derreter alí. Eu pensava que não receberia nada de presente e estava um pouco desiludida com isso. Mas fui lá no guarda-roupas e já peguei meu presente. Tinha encomendado cobre almofadas personalizadas. Eu escolhi pessoalmente o tecido, a fonte, a linha e o zíper. Queria um estilo clássico, mas com toque moderno. Algo que traduzisse bem a minha personalidade combinada com a do Kevin. Em dois tons de cinza que combinarão com uma paleta bem extensa, os cobre almofadas bordados pela "Caterina Home", loja online da minha amiga Márcia, ficaram exatamente como eu imaginei e ele adorou!!

As surpresas não terminaram na troca ainda um pouco gelada de presentes. Ele se meteu na cozinha e preparou um aperitivo, deixando prontos também os ingredientes para o jantar. Enquanto isso, fui tomar banho e me arrumar para curtir um champagne em companhia.

Enquanto ele foi se arrumar, eu tranquei a porta e comecei a preparar um ambiente no chão da sala para fazermos um "pique-nique". Coloquei um lençol peludinho no chão e servi o aperitivo. Enchi um balão de coração e encostei na parede. Preparei a mesa com guradanapos vermelhos dobrados em forma de coração. E então me dei conta de que não tínhamos ainda taças para champagne, mas pude improvisar com umas taças pretas que trouxemos aleatoriamente.

Ele ficou super contente em ver que naqueles 15 minutos eu transformei o ambiente. E depois do aperitivo, conversando tranquilos no chão, ele se direcionou para a cozinha, preparou filé com batatas e cerouras e serviu fofamente. 

As vezes eu acho que sou exigente, materialista, consumista, apegada a essas datas "criadas para nos fazer gastar dinheiro". Mas como diria o Osho, tiraram de nós todas as comemorações que deveriam ser diárias. E mantiveram-nas esparsas, fixas com intervalos longos durante o ano, porque seria impossível para o ser humano viver sem celebrar. E com esse pensamento eu realizo que não... eu realmente não posso me culpar por querer um dia de romance, de dedicação, de carinho e mimo. 

É importante celebrar o amor, fazer algo de coração pelo outro, condividir momentos, detalhes, não sovinar um dinheirinho a mais pelo menos esporadicamente. É importante celebrar. Sobretudo o amor!




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