Trinta e três. Três décadas e três anos, dos quais pelo menos os últimos três não vi passar. Ainda me pego usando a frase "depois dos trinta" e muita gente ainda acha que acabei de chegar na era, mas já se foram três anos e eu confesso que não entendi o que fazer com essa informação.
Acho que vivi bem até aqui. No sentido de que não posso me lamentar de nenhuma tragédia ou trauma adulto. A fase da adolescência parece ter acabado de acabar e só aqui, aos 33 que me pego pensando em coisas sérias como casa própria e familia.
Festejei a nova idade na casa da minha mãe, em Rio Branco, com meus irmãos e amigos mais próximos. Minha madrinha e meu tio querido estiveram conosco também, comendo apertadinhos no sofá de casa. Ganhei um bolo do meu namorado Kevin, que enviou também flores na cor champagne. Minha mãe encomendou o meu bolo favorito (com recheio de ameixa) e eu comprei um bolo no estilo vintage com cerejas douradas porque precisava desse presente.
No final, sim, foram três bolos. Para talvez compensar o fato de que eu desejava muito ter feito uma grande festa de 30 anos e na verdade, passei sozinha, em lockdown na Itália. Eu lembro desse passado com uma dorzinha ainda, mas festejei feliz na simplicidade de casa, os meus 33, lembrando que talvez nem tivesse contatos o suficiente para convidar uma grande festa e que sim, o mais importante é a saúde e os amores preciosos que cultivei até aqui.